Os seres humanos contam histórias e criam objetos que fascinam os olhos, e por vezes suas histórias dizem respeito a esses objetos. Esse tipo de narrativa, a que se chama história da arte, é habitualmente motivado pelo desejo de uma pessoa de imaginar como seria viver numa outra época e de refletir sobre o que outras mentes pensaram e outras mãos fizeram. Assim, historiadores da arte tentam explicar por que os objetos são feitos de diferentes maneiras, segundo a época e o lugar, e de que forma determinadas atividades passam a fazer parte do universo da arte nos dias de hoje.
Ao longo da história da humanidade, nenhuma sociedade deixou de produzir arte, por mais simples que tenha sido seu nível de existência material. Representações e decorações, assim como a narração de histórias e a música, são tão naturais para o ser humano quanto a construção de ninhos é para os pássaros. Ainda assim, as formas de arte variaram radicalmente em épocas e lugares diversos, sob as influências de diferentes circunstâncias.
Ao longo da história da humanidade, nenhuma sociedade deixou de produzir arte, por mais simples que tenha sido seu nível de existência material. Representações e decorações, assim como a narração de histórias e a música, são tão naturais para o ser humano quanto a construção de ninhos é para os pássaros. Ainda assim, as formas de arte variaram radicalmente em épocas e lugares diversos, sob as influências de diferentes circunstâncias.
Os registros das mudanças artísticas observados na história da arte sempre irão relacionar-se de algum modo com os registros das mudanças sociais, tecnológicas, políticas e religiosas, por mais invertidos ou reconfigurados que sejam os reflexos. Tentando abarcar milênios de produção de objetos pelos seis continentes, na esperança de oferecer uma base a estudantes e pesquisadores, pretende-se que, a partir do conhecimento da história, cada um possa construir suas próprias histórias e imagens.
A noção de arte que se tem ainda hoje está fortemente relacionada à proliferação de estilos da Renascença. No Renascimento, além de técnicas representativas inovadoras como a perspectiva linear, surgia também uma espécie de 'teoria da originalidade'. Neste período, reis príncipes e aristocratas ainda pagavam para que suas glórias fossem celebradas e suas riquezas retratadas, mas surgiam também sinais de que os artistas passavam a descobrir um significado mais pessoal na arte que produziam.
Com o passar do tempo, a rapidez das mudanças tecnológicas e sociais influenciou artistas de várias maneiras. Desde a fabricação de tintas em larga escala, até a influência da fotografia, do cinema, da luz elétrica, da aviação e dos avanços científicos no estudo da óptica, por exemplo, a arte ocidental entrou em fase experimental a ponto de romper com as fronteiras da forma artística anteriormente conhecida. E a avalanche de informações visuais na era da comunicação de massa provocou uma mudança no modo como as obras de arte eram vistas, bem como na utilização, percepção e consumo da imagem de forma geral.
Os gregos diziam que se maravilhar é o primeiro passo no caminho da sabedoria e que, quando deixamos de nos maravilhar, estamos em perigo de deixar de saber.
Em nossas aulas, a História da Arte pretende ser uma introdução geral às atividades, objetos e temas da arte através da pesquisa de referências visuais, e não apenas um conjunto de conclusões a seu respeito. Não estamos tão preocupados em definir ou redefinir o que se pode chamar de arte, mas em observar a variedade de conteúdos que hoje se admite nela para o reconhecimento de possibilidades de criação e comunicação. O objetivo aqui é mais de alcance do que de profundidade, mais de abertura de horizontes do que de rigor da história. A abordagem histórica nas aulas não pretende mencionar nomes e datas demais, mas ver a história da arte como uma moldura em que a história do mundo, em toda a sua amplitude, se reflete para nós sob a perspectiva da cultura ocidental e de nossa forma contemporânea de percepção visual.
Referências:
BELL, Julian. Uma nova história da arte - Martins Fontes
E. H. Gombrich. A História da Arte
BELL, Julian. Uma nova história da arte - Martins Fontes
E. H. Gombrich. A História da Arte
E. H. Gombrich. Arte e Ilusão - Martins Fontes
FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte - Sextante
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